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QUAL O MELHOR VEÍCULO LIGEIRO PARA EXPEDIÇÕES?

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Qual o melhor veículo ligeiro para expedições?

Antes de procurar responder a esta aparentemente simples pergunta, devo esclarecer o que entendo por expedição. Assim, considero que estamos perante uma expedição quando estão reunidos quatro dos seguintes critérios:

  • Duração de duas ou mais semanas;
  • Exigência de planeamento de trajectos maioritariamente fora de estrada e com dificuldades geográficas;
  • Inexistência de alojamento e parques de campismo na maior parte dos dias de viagem;
  • Risco de inexistência de meios de resgate tradicionais para a viatura ou ocupantes;
  • Inexistência ou dificuldade de acesso a rede telefónica/telemóvel, hospitais, oficinas, etc., devido ao isolamento ou distância a que se encontram.

A resposta óbvia será de que não existe um melhor veículo para expedições. Tudo depende do tipo de expedição que ambicionamos fazer, do grau de autonomia, do isolamento versus  disponibilidade de auxílio em caso de necessidade, da duração das expedições/autonomia, do espaço disponível, do tipo de terreno que esperamos percorrer na maior parte do tempo, enfim, de um sem número de variáveis que, no limite, acabam sempre condicionadas pelo investimento que estamos dispostos a efectuar.

Outros aspectos a considerar e que creio serem dos mais importantes: a resistência e fiabilidade, o tipo de combustível, a versatilidade da viatura quando não em expedição, a sua provada reputação em situações difíceis ou mesmo extremas, a facilidade de acesso a peças e a uma rede de concessionários ou apoio mecânico em locais remotos.

Para mim, tem de ser uma viatura que, de uma forma racional, sirva os meus propósitos. Num planeta em que, cada vez mais, há menos lugares  inexplorados/inacessíveis, fará sentido investir num veículo específico para o efeito, um “puro e duro” (seja isso o que for) em que cada quilometro percorrido, aos saltos numa longa e dura pista de pedra, acaba por retirar o prazer da viagem? – Certamente, há quem responda que sim, principalmente, quem nunca fez milhares de quilómetros seguidos em pista e nem faz ideia do que isso pode representar.

No início deste ano, investi muitas horas a tentar perceber qual seria a melhor solução para adquirir uma viatura que preenchesse os meus requisitos para os próximos 15 ou mais anos.

De entre os vários que estabeleci, considerei como principais os seguintes:

  1. Plataforma e motor (gasóleo) com provas dadas em terrenos difíceis;
  2. Versatilidade que permitisse adaptá-la para expedições longínquas, ir às compras ao supermercado ou simplesmente passear ao fim-de-semana;
  3. Boa distância entre eixos, comprimento total por volta dos 5 metros, boa capacidade de carga e para viajarem confortavelmente 4 adultos em segurança;
  4. Existência de acessórios específicos para expedições, de reputação irrepreensível e com possibilidade de homologação;
  5. O mínimo possível de sistemas electrónicos ou com possibilidade de os desligar sem comprometer a capacidade de se movimentar;

Por último e em resumo, que tivesse uma relação preço / qualidade / durabilidade / satisfação” que justificasse o investimento.

Relativamente aos componentes a instalar, uma primeira abordagem deverá proporcionar resposta à dúvida mais importante: vamos circular essencialmente sozinhos ou com outra(s) viatura(s)? No primeiro caso, será prudente equipar a viatura com mais acessórios de desatasco e resgate do que se viajar acompanhado. Nesta situação, há sempre a possibilidade dos participantes dividirem entre eles um conjunto de acessórios/meios que podem ser partilhados; alguns exemplos de partilhas possíveis: pranchas de desatascamento, cintas de reboque e manilhas, Hi-lift ou equivalente, pneus sobresselentes, etc, etc.

No meu caso, decidi instalar:

  • pára-choques mais robusto, com melhor ângulo de ataque e suporte para colocação de um guincho com 9000 Lbs de capacidade;
  • bloqueios mecânicos dos diferenciais;
  • estribos laterais;
  • faróis auxiliares de longo alcance;
  • rádio cb e vhf;
  • Inversor de 1000 w;
  •  rollbar no interior da canopy com ligação às barras de suporte de carga no tejadilho;
  • tenda 4×4 no tejadilho da canopy e, se necessário, grade ARB no da cabine dupla;
  • gavetas desmontáveis com capacidade para cerca de 400 L de carga;
  • 4 jerrycans de 20 L de gasóleo e depósitos de 60 a 110 L de água;
  • gerador a 4 tempos;
  • 4 pranchas de desatascamento + cintas + manilhas;
  • compressor 170 L/min;
  • Toldo 1,70×3 m;
  • Frigorífico c/ compressor;
  • Kit de cozinha;
  • Outros

Tirando os sete primeiros, todos os subsequentes podem facilmente ser desmontados e guardados. A opção por esta configuração, com tenda de tejadilho, é a mais prática e confortável para quem faça expedições esporádicas, tem robustez e eficácia/duração comprovadas, permitindo estabelecer um acampamento em poucos minutos, quaisquer que sejam as condições atmosféricas e o tipo de terreno. Falta-lhe um sistema de duche quente (excepto por radiação solar) e wc química – facilmente superáveis, se e quando se vier a justificar.

Penso assim, respeito que pense diferente. Faça o mesmo e viaje.

Por último, algumas fotos dos 4×4 que mais marcaram as minhas expedições, incluído o actual Toyota Hilux 3.0 D4D (clique na primeira e veja todas em tamanho maior e slideshow).



EXPEDIÇÃO À ISLÂNDIA – 2011 (2)
25/05/2011, 12:38
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Já depois de todas as reservas confirmadas, o vulcão Grimsvötn lembrou-se de dar um ar da sua graça e entrar em erupção, trazendo à memória os fantasmas da erupção do Eyjafjallajökull em 2010.

Nada que faça esmorecer o entusiasmo mas que tem de ser acompanhado com algum cuidado. Com efeito, o Grimsvötn fica situado numa área em que estava (e ainda está) programada uma incursão nossa com vários POIs, ou seja, em Skaftafell. O boneco que segue é elucidativo.

Skaftafell e o vulcão Grimsvötn



Expedição à Islândia – 2011
12/05/2011, 22:09
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Durante uma expedição 4×4 realizada em 2010 ao longo da fronteira de Marrocos com a Argélia, um grupo de amigos lançou o desafio de se organizar durante o verão de 2011 um projecto mais ambicioso: a Islândia.

O bichinho começou a fazer das suas e, apesar de todas as desistências entretanto surgidas, tenho quase tudo preparado para concretizar essa ideia, durante o próximo mês de Agosto.

No projecto original partiríamos de Portugal nas nossas viaturas rumo à Dinamarca, daí apanhando o ferry até à Islândia.

Esta opção, engraçada para um grupinho coeso, torna-se desinteressante quer em termos económicos quer de tempo gasto, se apenas for uma viatura.

As tarifas aéreas baixaram significativamente e, com algum cuidado na pesquisa, também se pode alugar localmente uma infinidade de modelos de viaturas 4×4, com significativas variações de custos e opções.

Pela minha parte, a programação da viagem começou no final de 2010 e está terminada. Compreende as viagens de avião, a reserva de 2 noites em hotel e de uma viatura 4×4, e a preparação de um itinerário4x4 para esmagadora maioria dos pontos de interesse (POIs) a visitar.

Relativamente a estes, socorri-me de relatos em vários fóruns e de um ou outro contacto com quem já por lá deambulou. Seguidamente, pesquisei no “Google Imagens” referências fotográficas ilustrativas dos POIs previamente assinalados como potencial motivo de interesse e marquei 30 pontos na cartografia que vou utilizar (Ozi e Mapsource).

O passo seguinte foi desenhar trajectos diários de ligação entre todos, de modo a que a circulação seja feita em condições de segurança, com um ritmo descontraído que permita tirar o máximo partido da expedição.

Quanto ao alojamento, vamos transportar o habitual equipamento para sermos completamente autónomos, até porque a Islândia “convida” ao contacto com a natureza.

No período da viagem deveremos ter cerca de 20 horas de luminosidade e uma temperatura entre os 5 e os 25º Celsius.

Se alguém quiser alinhar,  basta contactar por comentário ou mandar mail para bolinando@gmail.com.



CHILE 2009 – ATACAMA (3)

Fotos retiradas da net com panorâmicas de algumas das zonas por onde pretendemos deambular.

ATACAMA

ATACAMA

ATACAMA

ATACAMA

CALAMA

CALAMA

CERRO TOCO - 5383m

CERRO TOCO - 5383m

CERRO TATIO - GEYSERS

CERRO TATIO - GEYSERS

SALAR DE TARA

SALAR DE TARA

SALAR DE ATACAMA - CHAXA

SALAR DE ATACAMA - CHAXA

VALE DE LA LUNA

VALE DE LA LUNA



CHILE 2009 – ATACAMA (2)

Aproximando-se o momento da partida (faltam 8 dias), aqui ficam alguns dados sobre a programação desta viagem.

 D1 – Lisboa – Paris – Santiago do Chile (Air France)

D2 – Santiago do Chile

D3 – Santiago do Chile – Lago Acuelo – Valparaíso

D4 – Valparaíso – Vina del Mar – La Serena

D5 – La Serena – Diego de Almagro

D6 – Diego de Almagro – Antofagasta

D7 a D14  – Região de Antofagasta/Atacama e, eventualmente, Iquique

D15 – Calama – Santiago (avião)

D16 – Santiago – Paris – Lisboa (Air France)

 Pesquisa básica: web

Cartografia: mapsource world map V4 e Viajeros V0901

Viatura: Toyota Runner 4×4 V6 a gasolina (4.000 cc)

Reservas: Hotel em Santiago do Chile D1,D2 e D15

Apoio à navegação: Garmin 276C + Portátil c/ Google Earth e cartografia + bussula e mapas locais

Equipamento: autonomia p/ caminhada e p/ pernoitar em pistas de altitude e c/ temperaturas negativas; equipamento primeiros socorros

Comunicações: Telefone satélite

Imponderáveis: Gelo e/ou neve que impossibilitem progressão

 Alguns perfis de trajectos com pista e em altitude ( D7 a D14) 

Antofagasta

Antofagasta

 

Atacama

Atacama

Cerro Meniqus

Cerro Meniqus

El Tatio

El Tatio