Filed under: MOÇAMBIQUE | Etiquetas: Clube Marítimo de Maputo, Clube Naval de Maputo, E.C.M:, Estação Central de Maputo, Igreja da Polama, Lota de Maputo, Maputo, Mercado de Maputo, MOÇAMBIQUE, MOZAMBIQUE, Namaacha
Partimos de Hlane para Maputo, pela fronteira da Namaacha, com a sensação de que poderíamos ter ficado mais um dia. Todavia, a instabilidade meteorológica e a previsível continuação de pluviosidade moderada, aconselhavam a partida. Aos poucos, notávamos estar a deixar a África mais desenvolvida e a embrenhar-nos num “outro continente”, nitidamente mais pobre, mais sujo, quiçá mais perigoso. Contrariamente ao esperado, a saída da Suazilândia foi algo demorada (verificaram o número do chassis, a identificação gravada nos espelhos e vidros, etc, etc; um oficial à paisana levou-me o passaporte e os documentos do Landcruiser por mais de 20 minutos e sem qualquer explicação); do lado Moçambicano, percebendo que éramos portugueses, o responsável pelo posto “afastou” os “facilitadores locais” e as formalidades foram cumpridas de forma relativamente célere e sem qualquer complicação. Na aproximação a Maputo, deparámo-nos com algumas situações que nos fizeram reviver cenas de há quase 20 anos, quando visitámos a Tunísia e Marrocos pela primeira vez. Apesar de termos o trajecto no GPS, sentíamo-nos bastante mais confortáveis por seguirmos atrás da Mazda do João. Em Maputo, houve um misto de sensações que ainda perduram e tenho alguma dificuldade em descrever. Por um lado, a luz, a magnífica localização da cidade e, sem qualquer sentimento neo-colonialista ou saudosista, alguma da herança deixada pelos portugueses ao nível da geometria e edifícios da cidade, da amplitude das suas avenidas principais, a simpatia da generalidade dos moçambicanos, alguma construção moderna (bons e caros hotéis bem como edifícios de escritórios) e aquele inebriante “odor a África” que se sente quando caminhamos pelos mais diversos locais Do outro lado, a degradação generalizada do património, muito lixo, muita pobreza extrema e muita insegurança – facilmente perceptível nos gradeamentos anárquicos e “seguranças” existentes na generalidade dos prédios de habitação da classe média moçambicana. Ficam as primeiras imagens. Quanto ao YouTube, haverá um filme quando regressar a Maputo, ou seja após o próximo artigo, dedicado à viagem à Ponta do Ouro.
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[…] planeado partir de Maputo para a Ponta do Ouro numa segunda-feira e regressar na quarta ou quinta, consoante as condições […]
Pingback por ÁFRICA DO SUL -SUAZILÂNDIA – MOÇAMBIQUE (10/12) | 100azimutes 14/01/2017 @ 22:52